Grupo Tortura Nunca Mais saúda trajetória de Maurício Azêdo


Por Mario Augusto Jakobskind*

08/11/2013


Maurício Azêdo (Foto: Acervo ABI)

Maurício Azêdo (Foto: Acervo ABI)

 

Por Mário Augusto Jakobskind*

“O Grupo Tortura Nunca Mais(GTNM), que comemorou 28 anos de existência com um debate sobre a questão da violência institucional realizado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, na quarta-feira. Por sugestão de Victoria Grabois, presidente do GTNM, os presentes homenagearam “o amigo e militante Maurício Azêdo” com uma salva de palmas.

Os debatedores, o advogado João Tancredo, presidente do Instituto de Defensores de Direitos Humanos, e a professora de História Virginia Fontes, enfatizaram que no atual momento, sobretudo no Rio de Janeiro e São Paulo, a repressão da PM tem repetido o que acontecia na época da ditadura.

João Tancredo lembrou que o acontecido com o pedreiro Amarildo, na Rocinha, outros crimes da mesma natureza podem ter ocorrido em outras áreas da cidade. Tancredo denunciou que a polícia do Rio de Janeiro mata e desaparece com os corpos, inclusive incendiando-os.

A professora Virgínia Fontes responsabilizou o Governo do Estado do Rio de Janeiro pela repressão desencadeada a partir de junho nas manifestações nas ruas, bem como as prisões arbitrárias que estão sendo desencadeadas. Ela demonstrou preocupação com o aumento da repressão e chamou a atenção para a possibilidade de ocorrerem perseguições políticas aos setores mais progressistas da sociedade.

Victoria Grabois lembrou as principais lutas desencadeadas pelo GTNM, que continua a ação denunciando as seguidas violações dos direitos humanos cometidas atualmente, não apenas no Rio de Janeiro como em outras cidades.”

A presidenta do GTNM criticou o fato de a Comissão da Verdade não tornar pública as suas reuniões, lembrando que ela foi criada em resposta do governo à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) que exigia uma tomada de posição do Estado brasileiro relacionada com a  repressão da guerrilha do Araguaia.”

*Mário Jakobskind é jornalista, presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos, da ABI, e Conselheiro da entidade.