7 de setembro sem conflitos, Amazônia e discos em Dicas


03/09/2021


Amazônia, livro sobre Terra redonda, fotos e discos nas Dicas

por Vera Perfeito, Diretora de Cultura e Lazer da ABI

O livro Anais do Seminário Internacional 5º Centenário da Primeira Volta ao Mundo: A Estadia no Rio de Janeiro sobre a expedição de Fernão de Magalhães (1519/1522) confirmou que a Terra era redonda no século XVI e não plana como querem os bolsonaristas no século XXI. Dicas saúda no domingo o Dia da Amazônia, data escolhida como forma de homenagear a criação da Província do Amazonas por D. Pedro II em 1850. Devemos refletir sobre o bioma que contém a maior floresta tropical e a maior reserva natural do planeta. São 6,74 milhões de km2 de extensão, espalhando- se por nove países e está no Brasil a maior porção da área protegida sem a segurança que necessita.

Dicas também comemora a chegada no dia 17 de setembro do disco comemorativo de 25 anos do lançamento do CD do Buena Vista Social Club com faixas inéditas das sessões de gravações da época. Wim Wenders fez um documentário sobre o grupo, em 1999. E ainda o de Aldir Blanc inédito, com interpretações de Maria Bethânia, Chico Buarque, Joyce e outros. Nas plataformas digitais já foram lançados o álbum Como canções e epidemias em sua homenagem e uma canção Pro dia nascer Aldir. E a escritora Carolina Maria de Jesus também lançou um álbum, em 1960, com o mesmo título de sua obra Quarto de despejo: veja em Exposição. O livro Olho nu do fotógrafo Rogério Reis será lançado este mês e traz fotos de séries famosas. Também não perca a live com o Quinteto Piazzolla na quinta-feira. Fique em casa no 7 de setembro para não participar de provocações que o inimigo fará, com certeza, e evitar se expor ao vírus Delta. No lazer há uma exceção: visitar Inhotim, ao ar livre e sem aglomeração. Boa semana.

Por Vera Perfeito, diretora de Cultura e Lazer da ABI

Na ABI

Segunda-feira

19h30 – no ABI Esporte: na véspera das comemorações do 7 de setembro, o ABI Esporte descreve como se deu o sequestro da camisa da seleção brasileira. O entrevistado é o jornalista Matheus Reis, autor do livro Amarelo Desbotado. Com prefácio do professor Ronaldo Helal, o livro aborda  os seguintes temas: O futebol e o Brasil moderno e o Futuro da amarelinha. Pelo canal da canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube.

 

Terça-feira

19h30 – Cineclube Macunaíma, comemorando 7 de setembro, a data da Independência do Brasil, exibe hoje o novo documentário de Silvio Tendler,  A bolsa ou a vida, a partir das 10hs e até segunda-feira. O roteiro mostra que no futuro pós-pandemia da covid-19, a centralidade será o cassino financeiro e a acumulação de riqueza por uma elite ou uma vida de qualidade para todos, com menos desigualdade? O Estado mínimo se mostrou capaz de atender ao coletivo? Como garantir a vida sem direitos sociais e trabalhistas? Em qual modelo de sociedade queremos viver? O filme aborda o desmonte do conceito de bem-estar social e nos faz refletir sobre a incompatibilidade do neoliberalismo com um projeto humanista de sociedade. Há depoimentos do líder indígena Aílton Krenak, além do ex- ministro Celso Amorim ; do cineasta britânico Ken Loach; do economista brasileiro de origem polonesa Ladislau Dowbor; do arquiteto, urbanista, professor universitário, escritor e político brasileiro Nabil Bonduki; do Padre Júlio Lancellotti; de Guilherme Terreri Lima Pereira, mais conhecido pelo nome artístico Rita von Hunty , professor, ator, YouTuber, comediante e drag queen brasileiro; e Yánis Varoufákis, economista, blogger e político grego membro do partido SYRIZA que foi ministro das Finanças do Governo Tsipras em 2015 e é do Partido Frente da Desobediência Realista Europeia .O filme tem 1h42. Do debate, às 19h30, participam o diretor, ……..A mediação é de Ricardo Cota. Assista o filme e o debate pelo canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube.

 

Quinta-feira

19h30 –  No Encontros da ABI com a Cultura o entrevistado será o artista plástico Jarbas Lopes, artista que produz esculturas, desenhos, instalações, performances e projetos conceituais. Graduou-se em Escultura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1992. De 1989 a 1993, pintou e esculpiu para escolas de samba do Rio de Janeiro, tem obra em Inhotim e já expôs na Espanha e em Nova York. Em novembro, expõe no MAR. Os entrevistadores serão as jornalistas Vera Perfeito, Zezé Sack e Silvio Tendler. Pelo canal da ABI do YouTube.

TELEVISÃO

23 hs Canal BrasilEspelho – idealizado e apresentado por Lázaro Ramos, o programa segue sua busca pela pluralidade em sua 15ª temporada, discutindo temas como democracia, cidadania, arte, educação e cultura sem, é claro, abandonar as pautas identitárias e questões raciais.  Na 15ª temporada, que estreou segunda-feira, o programa segue compromissado com a reflexão de temas presentes na pauta da atualidade, através de bate-papos intimistas. Entre outros, serão entrevistados a jornalista Maju Coutinho,  o ator Silvero Pereira, o rapper Mano Brown, a escritora nigeriana Chimamanda Adichie, a atriz Ingrid Guimarães, a ex-BBB Camilla de Lucas, a ministra do STF Cármen Lúcia e a cantora Gal Costa.

FESTIVAIS

*78º Festival de Veneza Começou quarta-feira o importante festival com filmes do mundo inteiro que disputam o Leão de Ouro. Na estreia foi exibido o Madres paralelas, de Pedro Almodóvar, com o diretor e sua protagonista, Penélope Cruz, abrindo a lista de celebridades que estarão na cidade até o dia 11.  Não há produções africanas e apenas uma asiática entre os 21 títulos que brigam pelo prêmio, o thriller filipino “On the job:The missing 8” -, há 59 países representados nas múltiplas seções da seleção oficial. Outros concorrentes: “The lost daughter”, da atriz americana Maggie Gyllenhaal, “Duna”, de Dennis Villeneuve, “The last duel”, de Ridley Scott, a neozelandesa Jane Campion com “The power of the dog”, o italiano Paolo Sorrentino com “The hand of god”, o chileno Pablo Larrain com “Spencer”, os argentinos Gastón Duprat e Mariano Cohn com “Official competition” e o americano Paul Schrader com “The card conter”.  O Brasil estará representado por  “7 prisioneiros”, de Alexandre Moratto, com Rodrigo  Santoro, exibido na seção Horizontes Extra; “Deserto particular”, de Aly Muritiba, na mostra paralela Venice Days, e o curta “Ato”, da atriz e cineasta Bárbara Paz (que em 2019 ganhou o troféu de melhor documentário sobre cinema com “Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou”) na mostra não competitiva Horizontes. O festival é presencial

*25ª edição do Inffinito Film Festival homenagem a Marieta Severo. Uma mostra com filmes estrelados pela atriz que tem 34 longas no currículo que serão exibidos no evento. De amanhã a 18 de setembro. A festa vai exibir filmes ao ar livre, via streaming, no cinema, realizar shows, promover debates e encontros em na plataforma do festival. O Inffinito Brazilian Film Festival of Miami é um festival oficial das cidades de Miami, Miami Beach e do governo da Florida. O Inffinito Brazilian Film Festival of Miami será realizado pela plataforma de filmes Inff.Online.

O Inffinito Film Festival, terá uma extensa programação, em formato híbrido, com exibições de filmes e shows presenciais ao ar livre em Nova York e Miami e sessões de cinema on-line no site. Marieta também irá participar de uma live, em 14 de setembro, às 20h, no Instagram oficial da Inffinito. Programação: os filmes ficam disponíveis por 24 horas a partir das seguintes datas:  5 de setembro (domingo), às 23h – Vendo ou alugobisavó, avó, mãe e filha dividem uma casa luxuosa que não podem mais manter, e pela proximidade da favela, também não conseguem vender ou alugar. Possíveis compradores vem ver a casa. Durante a visita começa um tiroteio, deixando todos encurralados. Diante da ameaça de vida, pequenos pecados são revelados e situações tragicômicas tomam forma; 9 de setembro (quinta-feira), às 23h – Carlota Joaquina, princesa do Brasilum painel da vida de Carlota Joaquina, a infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou disposição para seus amantes e pelo poder e se sentiu tremendamente contrariada quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de alívio quando foi embora; 10 de setembro (sexta-feira), às 23h – A dona da históriaCarolina está em crise e passa a questionar seu percurso, suas ações e expectativas. Através de um confronto e diálogo com a jovem que foi aos 18, ela revive os sonhos do passado e as possibilidades de ter seguido outros rumos. Na maturidade, Carolina tem o privilégio de rever a sua própria história e se reencontrar no que foi, no que não foi e no que poderia ter sido;  11 de setembro (sábado), às 23h – Cazuza: O tempo não para- a vida louca que marcou o percurso profissional e pessoal de Cazuza, do início da carreira, em 1981, até a morte em 1990, aos 32 anos: o sucesso com o Barão Vermelho, a carreira solo, as músicas que falavam dos anseios de uma geração, o comportamento transgressor e a coragem de continuar a carreira, criando e se apresentando, mesmo debilitado pela Aids;  16 de setembro (quinta-feira), às 23h – Noites de alfaceAda (Marieta Severo) e Otto (Everaldo Pontes) passaram a vida toda em uma bucólica cidade no interior, onde todos se conhecem. A rotina pacata do casal e de seus vizinhos ganha contornos de mistério com o sumiço repentino do carteiro; 17 de setembro (sexta-feira), às 23h – Com licença, eu vou à luta mãe, pai, avó, filho e filha fazem parte de uma família de classe média espremida em um pequeno apartamento em Nilópolis, subúrbio do Rio de Janeiro. Eliane é uma adolescente de quinze anos e contra a vontade da mãe, insiste em namorar Otávio, um homem de trinta e três. O filme trata com humor e drama, a neurótica relação de uma família envolta com a possibilidade da perda da virgindade da filha. Pela plataforma de filmes Inff.Online.

 

*A Cinema Urbana* – 3ª Mostra Internacional de Cinema de Arquitetura – até domingo. Acontece no @ccbbbrasilia  online, na plataforma @innsaei.tv. A curadoria de filmes vem inspirada no tema Aprendendo com as cidades, como um convite generoso, partindo de Brasília, para inspirar a reflexão sobre as cidades. Na Mostra, os filmes vão apresentar os desafios enfrentados por arquitetos, urbanistas, cidadãos de vários países como China, Hong Kong, Alemanha, França, Portugal, Dinamarca e Reino Unido, para viver e transformar seus espaços. Mostras, debates, exibições e shows ao ar livre estão na programação. Acesse em www.cinemaurbana.com e confirme sua presença:

https://fb.me/e/1k4AJAbza

*A 10ª Mostra Ecofalante de Cinema – até 14 de setembro, evento ocorre de forma online, gratuita e acessível para todo o Brasil em www.ecofalante.org.br. Os filmes são disponibilizados no site do evento [www.ecofalante.org.br] e também nas plataformas parceiras Belas Artes à La Carte e Spcine Play.O Panorama Internacional Contemporâneo reúne produções inéditas e com carreira em festivais como Berlim, Sundance, Roterdã, Locarno, IDFA-Amsterdã. Competição Latino-Americana é disputada por 30 títulos, representando sete países da região.

A programação é organizada nas seções Panorama Internacional Contemporâneo, Competição Latino-Americana, Programa Especial – Territórios Urbanos: Segregação, Violência  e Resistência, Especial Energia Nuclear – 35 Anos de Chernobyl, 10 Anos de Fukushima, e Concurso Curta Ecofalante.

*Até 16 de setembro – 16ª edição da Mostra Mundo Árabe de Cinema – com SETE FILMES INÉDITOS PARA O BRASIL . O evento – já tradicional no calendário cultural de São Paulo – ocorre virtualmente neste ano. Os filme serão transmitidos pelo site oficial da mostra (ver programação)e pela plataforma Sesc Digital. Haverá também painéis, reunindo diretores e especialistas para debater as produções. O evento traz neste ano sete filmes inéditos no Brasil: Caos – Áustria, Síria, Líbano, Qatar / 2018, aclamado documentário de Sarah Fattahi sobre três mulheres sírias deslocadas devido à cruenta guerra civil que assola o país desde 2011; Chave de Fenda – Palestina, Qatar e Eua/ 2018 – Thriller psicológico de Bassam Jarbawi sobre a reintegração de palestinos à sociedade após suas detenções em prisões israelenses; Os Espantalhos – Tunísia, Marrocos, Luxemburgo / 2019 – mais uma produção sobre a reabilitação social de prisioneiros. Nouri Bouzid conta a história de mulheres detidas na Tunísia; Nós somos de lá /Líbano, França/ 2020 – documentário de Wissam Tanios sobre dois irmãos fugindo da guerra na Síria. Vão para a Alemanha e a Suécia, onde eles começam do zero; Bagdá Vive em Mim/ Suiça, Alemanha. Reino Unido/ 2019 – Longa  de ficção de Samir Jamaleddine sobre a integração de migrantes iraquianos em Londres e seu contato com os valores sociais locais; A 200 metros/ Palestina, Jordânia, Qatar, Suécia, Itália/ 2020 – Filme de Ameen Nayfeh sobre a luta de um pai desesperado para cruzar o muro que divide a Cisjordânoia e Israel – apenas 200 metros; In Memoriam / Brasil, Argentina, Síria/ 2021 – Curta de Otávio Cury de tom auto-biográfico sobre a busca de um descendente de sírios por suas raízes na terra de antepassados.

FILMES

Globoplay e Globonews Fênix:o voo de Davi: é o documentário sobre o bombeiro Davi Lopes que estava de folga no dia do incêndio do Museu Nacional e que tinha mais de 20 milhões de itens. Uma tragédia para a Cultura e a Ciência do país. Assim que Davi soube do incêndio, vestiu o uniforme e foi para o local ajudar a combater as chamas. Nos dias seguintes, voltou diversas vezes e, em meio dos escombros, ele, que é luthier nas horas vagas, viu a possibilidades de dar novo sentido a sobras deixadas pelo fogo. Construiu  instrumentos com madeiras encontradas nas cinzas. A história virou documentário do título acima que foi exibido no domingo passado na Globonews, mas está na plataforma do Globoplay desde ontem quando o incêndio completou três anos. Gilberto Gil, Paulinho Moska,  Hamilton de Holanda e outros artistas receberam esses instrumentos. Vale a pena ver.

Globoplay – Marco Nanini, Camila Pitanga e Cássia Kiss estão no documentário  Mise en scène – A artesania do artista que estreou. Através do processo criativo de diversos artistas, o documentário busca ressaltar a importância da arte, que é pensada a partir da obra do filósofo Rainer Maria Rilke. O filme, idealizado por Maytê Piragibe, Leandro Pagliaro e Manuh Fontes – que também assina a direção e roteiro –,  busca tratar a arte como modo fundamental da existência. É um documentário que retrata a melancolia das reflexões de um artista até a criação e o mergulho em seus personagens.

PROGRAMAS

YouTube Triangulando: programa  de Thelminha Assis bombou na quarta-feira ao reunir Luiz Inácio Lula da Silva, Linn da Quebrada, Celso Athayde e Gil do Vigor. Até ontem foram 148 mil visualizações e o nome da atração ficou nos trendings topics (tópicos de tendências) do Twitter . Confira.

SÉRIES

HBO MaxThe White Lotus (O lotus branco): ótima série. A linda flor de Lótus nasce no lodo e foi escolhida para batizar o hotel onde se passa a ação da série em seis episódios de quase uma hora. São personagens de comportamento duvidoso em um cenário paradisíaco num reort do Havaí. Alguém foi assassinado ali, mas ninguém sabe quem. Na cena seguinte, a trama recua uma semana, para um momento em que um novo grupo de hóspedes se dirige ao hotel de barco. Há um casal em lua de mel, a jornalista Rachel (Alexandra Daddario) e o marido milionário, Shane (Jake Lacy); a superempresária Nicole Mossbacher (Connie Britton), seu marido menos bem-sucedido, Mark (Steve Zahn), a filha deles, Olivia (Sydney Sweeney), a amiga dela, Paula (Brittany O’Grady), e o caçula, Quinn (Fred Hechinger): e Tanya (Jennifer Coolidge), uma mulher solitária e decadente que está levando as cinzas da mãe para despejar no mar. Há conflitos familiares. Quem matará e quem morrerá? Tudpo acontece em uma só praia. A série trata com ironia os clichês sobre luta de classes, racismo, colonialismo e questões de gênero. Vale a pena.

Netflix

La Casa del Papel – essa última temporada chega hoje. O que começou como assalto está prestes a terminar como uma guerra na quinta temporada da série. É o final da história que virou fenômeno mundial ao acompanhar ladrões que se trancaram com reféns na Casa da Moeda da Espanha. Essa temporada está dividida em duas partes e o primeiro lote de episódios estreia hoje. Já faz mais de 100 horas que o roubo começou e o grupo está cercado.  Os anti-heróis estão sem plano de fuga já que o Professor (Álvaro Morte) foi capturado por Sierra (Najwa Nimri). E eles terão que enfrentar o Exército espanhol. Entram novos personagens. Lançada em 2017, já arrecadou vários prêmios como o Emmy Internacional como melhor série dramática de 2018. Espectadores do mundo inteiro aassistiram essa aventura de “idealistas” que mergulhavam em cédulas de dinheiro ao som de “Bella Ciao”, hino da resistência italiana contra o fascismo na Segunda Guerra Mundial

Clickbait(caça cliques) – a tradução de Clickbait é que se trata de uma tática usada na Internet para gerar tráfego online por meio de conteúdos enganosos ou sensacionalistas. Também chamado de “caça-clique”, esse termo refere-se também à quebra de expectativa por parte do usuário que foi “fisgado” por essa isca de cliques. A série que acaba de estrearé das mais vistas do canal. É uma trama cheia de eletricidade, que misturam a estrutura dos mais clássicos enredos de suspense a elementos do mundo contemporâneo, como a tecnologia e a hiperexposição nas redes. O personagem central é Nick Brewer (Adrian Grenier), um fisioterapeuta que trabalha com atletas amadores numa escola na Califórnia. Ele é casado com uma professora do ensino médio, Sophie (Betty Gabriel). O casal tem dois meninos e, aparentemente, leva uma vida estável e cheia de harmonia. Nick é muito ligado à irmã, a enfermeira Pia (Zoe Kazan) e, certa manhã, um paciente lhe mostra um vídeo que viralizou na internet. É Nick que segura um cartaz, dizendo que é um abusador de mulheres e com um aviso: “Chegando a cinco milhões de visualizações, eu morro”. Ele foi sequestrado. Pouco depois circula um novo vídeo ameaçador.  A família se desespera. Sophie e Pia, antes inimigas, se unem em prol da investigação. Um dedicado detetive, Roshan (Phoenix Raei), cuida do caso. AS viradas se sucedem. A série tem como pano de fundo os efeitos das redes sociais na vida privada. Mas as redes são um mero pretexto ilustrativo para uma história de mistério que se precipita em ritmo acelerado.

The chair ( A cadeira) – série com Sandra Oh. Uma crítica bem-humorada ao universo acadêmico. O elenco é ótimo. Em uma renomada universidade, a primeira mulher a assumir o cargo de diretora é desafiada pelas altas demandas e expectativas de um departamento em crise. Uma temporada.

Good Girls –chegou a quarta temporada da aclamada série de Jenna Bans que acompanha três donas de casa (Retta, Christina Hendricks e Mar Whitman) obrigadas a lavar dinheiro para um chefe do  crime após tentarem roubar um mercado. Agora, elas encaram novis desafios para manter em segredo suas vidas duplas sob o olhar vigilante de agentes federais.

Sweet Tooth (  ) – Em uma perigosa aventura em um mundo pós-apocalíptico, um adorável menino-cervo sai em busca de um novo começo na companhia de um protetor rabugento. Com oito episódios de 37 a 53 minutos. Com Christian Convery (Gus) e James Brolin.

GloobUrsinhos carinhosos – Liberem a magia: vai estrear este mês no canal.

Star+ e Star PremiumImpuros: No Rio de Janeiro dos anos 1990, em um território conflagrado por problemas sociais e onde a oportunidade do crime é muito tentadora, Evandro enfrenta as complexidades do mundo do tráfico e a relação complicada com a própria mãe.

GLOBOPLAY

Coroner: a primeira temporada está neste canal. A terceira acaba de ser lançada nos EUA. A recém-nomeada médica-legista Jenny Cooper investiga mortes suspeitas e não naturais em Toronto, no Canadá. Com ajuda de um detetive, um patologista e seus assistentes, ela explora o submundo da cidade motivada pelo desejo dedescobrir a verdade. Com Serinda Swan (Jenny Cooper), Éric Bruneau (Liam Bouchard), Roger Cross (Donovan McAvoy) e  Tamara Prodemski (Allison Trent).

Sangue novo na linha de frente: estreou ontem. Em maio a inseguranças e anseios, cinco jovens enfermeiros – Grace (Tiera Skovbye), Wolf (Donald Mclean Jr.), Ashley (Natasha Calis), NAzneen (Sandy Sidhu) e Keon (Jordan Johnson – Hinds) – enfrentam um ambiente cheio de desafios na linha de frente de um hospital em Toronto, no Canadá.

Por que as mulheres matam – está chegando no canal a segunda temporada da série. Nesta antologia repleta de assassinatos e mistérios, em épocas diferentes, mulheres enfrentam problemas atemporais como infidelidade e os dilemas da sociedade em que vivem.

YouTube  Originals–  Na estrada com Whindersson: Whindersson Nunes embarca com seus amigos em uma jornada pelo Brasil para celebrar nomes da nova cena do humor nacional e é recebido por celebridades como a cantora Joelma e a influenciadora Thaynara OG. Os episódios da segunda temporada da série vão ao ar semanalmente no canal do artista no YouTube.

Star+ – o irmão mais velho do Disney+ chegou esta semana ao Brasil, o novo serviço de streaming da Walt Disney Company voltado para adultos com conteúdos originais e exclusivos como:

Only murders in the building”  (Apenas Assassinatos no Edifício”, em tradução livre) de Selena Gomez, Steve Martin e Martin Short. Os três interpretam moradores de um prédio obcecados por histórias do “true crime”(crime real) que se veem engendrados em um mistério de verdade. A produção é de Dan Fogelman, nome por trás de “This is us” que terá todas as temporadas no Star+.

Big sky (Edifício muito alto): também estreou esta semana. Estrelada por Ryan Phillippe e criada por David E. Kelly (Little big lies). A história gira em torno da investigação de um sequestro numa pequena cidade de Montana e no fim do primeiro episódio, há um acontecimento definidor para a série, também estrelada por Katheryn Winnick (“Vikings”) e Kylie Bunbury (“Olhos que condenam”).

American horror stories (Histórias de horror americanas): chegou a 10ª temporada.

The Walking dead (Mortos-vivos): chegou a 11a temporada.

BIENAL DE SÃO PAULO

Começa amanhã a 34ª edição da Bienal de São Paulo, o mais importante evento da América do Sul, e que, somente após 70 anos, tem uma expressiva representação de Arte Indígena Contemporânea. Serão nove representantes, cinco brasileiros e outros quatro vindos dos Estados Unidos, Groenlândia, Chile e Colômbia. É uma revolução e a curadoria se preocupou de manter e ampliar a equidade de gênero e racial, além de pessoas LGBTQIAP+ e outros grupos minorizados. Nessa Bienal, as instalações, pinturas, performances assinadas por nomes como Jaider Ésbell, Uýra, Sueli Maxakali e Daiara Tukano são uma pequena parte  de uma complexa e potente criação que dialoga com o tempo presente e deve deslumbrar a todos. Os participantes indígenas:

Abel Rodriguez é nascido na Amazônia, o artista nonuya – comunidade que ocupava territórios na Colômbia e no Peru – foi treinado desde criança para ser “um nomeador  de plantas”, ou seja, ter conhecimento das espécies botânicas de sua região  e dominar seu uso para diversos fins, inclusive rituais. O pintor radicado em Bogotá cria com detalhes e precisão exemplares de árvores, plantas e também de animais, que retratam a riqueza da floresta.

 Jaider Esbell – artista e escritor de origem macuxi, ele mescla escrita, pintura, desenho, instalação e performance, inspirado por mitos indígenas e questões socioambientais. Ativista, o roraimense é uma das vozes mais importantes da Arte Indígena Contemporânea. Ele apresenta pinturas que evocam o kanaimê, entidade que usa a magia para provocar a morte.

Daiara Tukano – artista, professor e ativista dos direitos indígenas, integra o clã Uremiri Hãusiro Parameri do povo Yepá Mahsã,  mais conhecida como conhecido como tukano, da região amazônica do Alto Rio Negro. Sua obra resgata rituais da medicina nativa da ayahuasca, por meio de imagens que evocam aspectos fantásticos da existência que usualmente não se revelam no olhar. Na série de quatro pinturas suspensas Festa no Céu, que Daiara exibe na Bienal, ela recria pássaros sagrados gavião-real, urubu-rei, garça-real e arara-vermelha, além dos miriã porã mahsã que, para os tukano, realizam uma cerimônia para segurar o céu e impedir que o Sol queime a terra fértil.

Jaune Quick-To- See Smith – a norte-americana nascida na Missão Indígena de St. Ignatius, em Montana, iniciou-se como artista na adolescência, nos anos 1950, quando deixou a reserva e passou frequentar a escola, questionando os padrões eurocêntricos do circuito da arte, atuando para o reconhecimento da arte indígena americana também como curadora, educadora e articuladora cultural. Suas pinturas flertam com a pop art em imagens impregnadas de humor indígena – quando desenha objetos e mapas de ponta-cabeça – e que denunciam a violência contra seu povo e a natureza.

Pia Arke (1958 – 2007) – filha de pai dinamarquês e mãe groenlandesa passou a infância na Groenlândia envolvida pela cultura inuíte, dos esquimós. Sua traz lembranças familiares e objetos tradicionais. Pia combinou sua própria imagem, em fotografias em grande formato com dupla exposição, com sua herança miscigenada , abordando relações Hysteri Arktisk (Histeria Ártica), uma doença mental de que as mulheres inuítes supostamente sofriam, e a instalação Jord til Scoresbysund, formado por 151 filtros de café.

Sebastian Calfuqueo –  de ascendência mapuche, povo originário da região onde hoje está o Chile, ele utiliza performance para denunciar o preconceito e a perseguição contra os indígenas e também para questionar as narrativas heteronormativas já que se identifica como uma pessoa não binária. Uma de suas obras, You will never Be a Weye (Você nunca será um Weye) é uma vídeo-performance  que recupera  Machi Weye , figura do século XVII representada como “uma pessoa que transita entre o feminino  e o masculino e que também pode ter práticas ligadas  à homossexualidade. “Esse personagem tem um poder espiritual muito grande e respeitado pela comunidade mapuche. O artista encarna essa e outras figuras, colocando-se em um corpo político.

Sueli Maxakali – fotógrafa, educadora e produtora audiovisual e liderança do povo maxakali, onde hoje estão os estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. No seu trabalho na Bienal, ela retoma uma tradição central de sua cultura: os cantos coletivos, entoados durante rituais de cura e de transformação, em que as pessoas cantam, dançam e comem. Batizada de Kumxop koxuk yõg (Os Espíritos das Minhas Filhas), a obra coletiva foi realizada por mulheres e crianças da comunidade de Sueli e reúne objetos, máscaras e vestidos do universo mítico das Yãmyhex, as mulheres-espírito.

Gustavo Caboco – o artista curitibano de ascendência wapichana costuma utilizar redes e raízes em desenhos, bordados, animações e textos, como os que compõem o livro Baaraz Kawau  (O campo após o fogo) que Gustavo criou logo após o incêndio do Museu nacional do Rio, em 2018, mesclando a tragédia com histórias de seu tio-avô Casimiro Cadete, que foi uma liderança wapichana. Na Bienal, ele apresenta Kanau’kyba, desenvolvida com sua mãe Lucilene Wapichana e seus primos , Roseane Cadete, e Anderson e Emanuel Wapichana, uma instalação formada por registros de performances, fotografias, vídeos, desenhos, pinturas, animações e objetos que relembram os deslocamentos de seu povo passando por diferentes paisagens.

LIVROS

Olho nu o fotógrafo Rogério Reis lança o livro Olho Nu (Instituto Olga Kos, 2021), um recorte dos quase 40 anos de carreira que está sendo lançado este mês e tem edição dos irmãos João e Kiko Farkas. A publicação conta com retratos de séries famosas como “Na lona (1987-2001), “Surfistas de trem” (1988) e “Ninguém é de ninguém” (2011-2014), além de cliques com mestres como Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), em 1982, quando completava 80 anos, e ainda cenas recentes da cidade, muitas ainda inéditas. É um livro sobre o Rio e começa no bairro da Urca, onde a cidade foi fundada por Estácio de Sá. Em seguida, já corta para um caveirão do Bope, quando Rogério fez um trabalho sobre o que acontecia do lado de dentro do carro em uma ação no Alemão. Não há legendas nas imagens. Segundo Rogério, as fotos começam na Urca e termina com Sergio, um andarilho e catador de latas que faz objetos artísticos com suas latinhas dentro da rede. A última página é a imagem dele deitado em cima dela, no meio da Vieira Souto.

O mapeador de ausências (Companhia das Letras, R$54,90)- Mia Couto. Diogo, escritor branco que retorna à Beira (cidade natal do personagem e do autor, no centro de Moçambique), em 2019, após longo hiato, para receber uma homenagem. Ao mergulhar em memórias familiares, ele compreende a real razão da viagem: redimensionar o papel do pai em sua vida e sua participação na luta de libertação da ex-colônia de Portugal nos anos 1970.

História da música popular brasileira sem preconceitos – O pesquisador musical Rodrigo Faour, carioca, 48 anos, autor, entre outros livros, das biografias dos cantores Ângela Maria, Dolores Duran e Cauby Peixoto, lança o primeiro volume do livro pela Record. São dois volumes. O primeiro vai “dos primórdios, em 1500, aos explosivos anos 1970”, e o segundo, que deve sair em 2022, vai do fim dos anos de 1970 até os dias atuais. O livro traz um encarte com ilustrações, como de Emilinha Borba e Marlene, cuja rivalidade era mais marketing em pleno apogeu da Era do Rádio, entre 1949 e 1950. O autor procurou evitar  bairrismos e se propõe a contara história de nosso cancioneiro, sem excluir os artistas da música brega, sertaneja, rock, dance music, hip-hop, funk, etc. Ele chama atenção para o movimento funk que saiu do Rio e ganhou todo o Brasil, com grandes expoentes no funk paulista (MC João, que embalou a prata da ginasta Rebeca Andrade com seu “Baile de Favela”, em Tóquio).Ele diz que o funk carioca fundou uma batida mais rápida. Lembra que Anitta e Ludmilla, que vieram do funk carioca, acabaram tendo uma visibilidade maior do que os demais nacionalmente, para além do nicho funkeiro.

 

Os árabes – Uma história (Zahar, R$69,90)– Eugene Rogan é considerado um marco na abordagem histórica do tema, o livro trabalha com fontes e textos árabes originais, retratando as mudanças sociais, econômicas, políticas e religiosas nos últimos cinco séculos, do domínio otomano até hoje. O historiador aborda a singularidade árabe em recortes como o nacionalismo, imperialismo, revolução, industrialização, migração rural- urbana, a luta pelos direitos das mulheres.

Diga que não me conhece (Todavia, R$49,90) – estudo do ressentimento afetivo, o romance mostra como um amor perdido pode tirar uma pessoa do prumo. Ferido pelo fim de uma relação, Tato se muda para o centro de São Paulo, onde trava amizade com vizinhos que formam comédia humana. As memórias do antigo relacionamento o castigam tanto quanto a exposição da nova e (aparentemente) luminosa vida de seu ex nas redes sociais.

Terra preta ( 34, R$54) – articulando os tempos e os lugares mna ação num contraponto entre São Paulo, Xingu e Paris, o romance de estreia da escritora, ilustradora, atriz e diretora de cinema e teatro Rita Carelli conduz o leitor pelo universo dos afetos, das inteligências e das experiências sensíveis de uma comunidade indígena, no qual cada gesto e inquietação estão permeados por uma visão mítica do mundo.

Risque esta palavra e A vida submarina (ambos da Cia das Letras e com o mesmo prelo, R$44,90)Ana Martins Marques. Ela é uma das mais lidas, elogiadas e premiadas poetas brasileiras em atividade. Mineira, de Belo Horizonte, 44 anos, tímida e que na infância lia e ouvia discos com as poesias de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Com os poemas de A vida submarina ( de 2009 e que voltou às livrarias) venceu o Prêmio Literário da Cidade de Belo Horizonte, em 2007 e 2008. Ganhou ainda os prêmios Oceanos e da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) com “O livro das semelhanças” (2015). Ela dividiu um pódio com Drummond, em 2012, a quem Biblioteca Nacional concedeu o prêmio Alphonsus de Guimaraens, mas devido a cláusulas não cumpridas, o prêmio foi entregue a Ana, a segunda colocada com o livro “Da arte das armadilhas”. Ela é redatora e revisora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em “Risque esta palavra” há uma série de poemas dedicados ao cigarro e à arte de (parar de) fumar.

Continuo preta (Companhia das Letras) – Bianca Santana. É a biografia da filósofa e ativista Sueli Carneiro, 71 anos. Ela tem sido nome fundamental do feminismo negro brasileiro. Nascida na Lapa, em São Paulo, pertenceu à geração que criou o Movimento Negro Unificado e foi uma das primeiras vozes a defender os recortes de gênero, raça e classe nos debates. Autora de “Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil”, fundou o Geledés – Instituto da Mulher Negra.

Fashion Eye São Paulo (BR.LOUISVUITTON.COM, R$310) – fotógrafo e artista plástico, Alexandre Furcolin faz estréia no Brasil na coleção Louis Vuitton Eye  com abordagem plural e pictórica, e leva a capital paulista para as páginas da aclamada série de livros da grife francesa. A Louis Vuitton Fashion Eye é a coleção de livros sobre lugares do mundo pelo olhar de um fotógrafo da moda. E ao pensar na cidade de São Paulo o fotógrafo clicou a vida noturna, a cultura, a gastronomia, a diversidade colorida que se estende pela Avenida Paulista nas paradas LGBTQIAP+, palco também de manifestações sociais na maior metrópole do país. Ele fotografou pontos como a Praça Roosevelt, o Parque Minhocão e o Bar da Bete que pulsavam com a energia da juventude em seus skates ou noitadas regadas a glitter, além do vazio do prédio da Bienal e a natureza do Parque Ibirapuera. Ele completou 90% do livro antes de começar a pandemia.

Correntes (Todavia, R$74,90) – da Nobel de literatura Olga Tokarczuk. “Minha energia vem do movimento — do chacoalhar dos ônibus, do barulho dos aviões, do balançar das balsas e dos trens”, escreve a narradora deste livro único, que investiga as possibilidades do gênero romanesco para falar sobre o corpo, o mundo e as estratégias sempre insuficientes com as quais tentamos mapeá-los. Inquieto como ela, Correntes não para nem por um segundo: de ônibus, avião, trem e barco, o texto a acompanha em saltos de país em país, de tempos a tempos, de história a história, compondo um panorama do nomadismo moderno.E são os vestígios da nossa batalha com o tempo que a autora observa nos quatro cantos do mundo: das figuras de cera dos museus de anatomia aos meandros da internet, passando por mapas e planos de fuga. Correntes mobiliza e encena nossas grandes inquietudes, como a história de Kunicki, que, durante as férias, é obrigado a enfrentar o desaparecimento da esposa e do filho, assim como seu reaparecimento enigmático e enlouquecedor. Ou o da bióloga que retorna ao seu país para se reconectar com seu primeiro amor, agora nas últimas.
Esta obra atesta, mais uma vez, a maestria da autora polonesa em criar personagens e situações que encantam, assustam e fazem pensar. O resultado é um livro irresistível e iluminador a cada página.

Anais do Seminário Internacional 5º Centenário da Primeira Volta ao Mundo: A Estadia no Rio de Janeiro – organizado por Paulo Roberto Pereira, professor da UFF. Disponóvel para download gratuito no site da Diretoria de Patrimônio Histórico da Documentação da Marina (https://www.marinha.mil.br/dphdm/inicio). A obra é resultado de um seminário internacional, realizado em 2019 para comemorar a viagem liderada pelo navegador espanhol Fernão de Magalhães entre 1519 e 1522. Em 13 de desembro daquele ano, a frota de Magalhães aportou na Baía de Guanabara e permaneceu até o dia 27. A expedição confirmou que a Terra era redonda, sepultando de vez  antiquada teoria de Terra plana. Os bolsonaristas deviam ler.

A origem da espécie – o roubo do fogo e a noção de humanidade (Record, R$54,90) – depois de escrever romances policiais sobre a história do Rio de Janeiro, o escritor carioca Alberto Mussa queria renovar seu repertório. Mas tinha um tema que o fascinava: os mitos sobre o roubo do fogo. Daí, resultou este livro que é metade um ensaio interpretativo e a outra metade a compilação de mitos. A origem da espécie investiga uma das histórias mais antigas que ainda se contam na face da Terra: o Mito do Roubo do Fogo. Mitos pertencem, sobretudo, ao campo da etnologia. Que faz, então, um romancista, um contador de histórias como Alberto Mussa, no terreno do mito? Ele responde: “Mitos são, no fim das contas, apenas mais um gênero de narrativa; embora seja, para mim, o gênero por excelência – o mais exuberante, o mais perfeito entre todos, por condensar o máximo de conteúdo com um mínimo de expressão.” A origem da espécie é um ensaio literário que reconstitui as personagens e o arcabouço da trama original do Mito do Roubo do Fogo – um poderoso programa ideológico, um código dos valores fundamentais da humanidade primordial, que inclui: o alimento cozido; a caça como expressão da inteligência; o tabu do incesto; e o poder “xamânico”, segundo o qual “ser plenamente humano é não ser apenas humano”. Assim reconstituído e interpretado, o Mito do Roubo do Fogo ainda lança luz sobre a polêmica questão da origem da linguagem, provavelmente surgida em hominídeos mais antigos que o Homo sapiens. À semelhança de um filólogo que estuda e compara diversos manuscritos antigos e anônimos de um mesmo poema ou narrativa, Alberto Mussa escreve aqui, em sua obra mais radicalmente pessoal, o que pensa – ou o que sente – sobre o roubo do fogo, assim como sobre a compreensão da verdadeira noção de humanidade, concebida no paleolítico, ou a de sociedade, como existe hoje. Nas palavras do autor: “Mitos, na verdade, são mais velhos que línguas; são mais antigos que populações. Já passa da hora de dar voz a eles”. A partir de 23 de setembro até 21 de outros, sempre às quintas-feiras, 18h30, a Casa de Leitura Dirce Cortes Riedel promoverá um curso gratuito para  a leitura de um capítulo do livro (são quatro capítulos) e discussão geral sobre o mito. É um grupo de estudos com a coordenação geral do autor. Inscrições pelo e-mail casadircelivros@gmail.com. Dez minutos antes do início do curso será enviado um link.

Os Motéis e o Poder : Da perseguição pelos agentes de segurança ao patrocínio pela ditadura militar (C&M Livros, R$48,00) – por Murilo Fiuza de Melo e Ciça Guedes – A presença de um general, que depois se tornaria presidente da República, na festa de inauguração de um famoso motel na Barra da Tijuca; o coronel, número dois do SNI, responsável por um mirabolante esquema de seguro oferecido a donos de motéis com o intuito de livrá-los do achaque da polícia e de fiscais; um padre pedófilo que reunia dezenas de fiéis à noite, com velas nas mãos, em frente aos motéis da Pampulha, em Belo Horizonte, para protestar contra aquela “chaga da sociedade”, constrangendo os casais que ali buscavam um lugar discreto para amar. Essas são algumas das histórias descobertas pelos jornalistas Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo e reveladas no livro “Os Motéis e o Poder – Da perseguição pelos agentes de segurança ao patrocínio pela ditadura militar”. A obra, a terceira assinada pela dupla, expõe as contradições do discurso em “defesa da moral e dos bons costumes da família brasileira”, usado pelos militares para angariar o apoio de parte da sociedade brasileira ao regime. Com base em entrevistas e extensa pesquisa, os autores revelam que durante os momentos mais repressivos da ditadura, nos governos Costa e Silva e Médici, recursos públicos foram usados para financiar um dos espaços mais simbólicos para a prática do sexo livre no Brasil: os motéis. Foi justamente entre os anos de 1968 e 1974, que esses estabelecimentos nasceram e floresceram. Se no espaço público, os generais proibiam de tudo – da nudez ao sexo, de letras de canções românticas a discurso de paraninfo em formatura, do palavrão aos cabelos longos -, nos motéis, tudo era permitido. Adultério, ménage a trois, orgias, homossexualidade, consumo de drogas ilícitas e de pornografia eram tolerados desde que não comprometessem a discrição necessária ao negócio.

 

LAZER

Inhotim o Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), talvez seja o único museu que Dicas aconselha como passeio por ser ao ar livre e estar funcionando com apenas 20% de sua capacidade, recebendo, no máximo, 1000 visitantes por dia. Depois de três quarentenas, Inhotim apresenta novas obras como os gigantescos desenhos em preto e branco da sueco-americana Aleksandra Mir que compõem a exposição “Entre terras”, concebida na Sicília e que explora o Mar Mediterrâneo como um território marcado por fluxos migratórios e disputas políticas. “Territórios específicos” é o nome do programa que comissionou obras aos artistas Rommulo Vieira Conceição, baiano radicado em Porto Alegre, e Lucia Koch, gaúcha que vive em São Paulo, também inauguradas no último sábado. Quem chega à Brumadinho, vindo de Belo Horizonte, na altura do trevo onde estão o letreiro da cidade  e fotos de pessoas mortas no rompimento da barragem do Córrego do Feijão , avista pichações contra a Vale e uma série de outdoors onde se intercalam propagandas de supermercados e duas imagens intrigantes. Vê-se o desenho de uma construção de madeira, parecida com um pavilhão, e outro onde você onde se vê o interior de uma caixa de papel ampliado em escala arquitetônica. Os dois painéis (e outros semelhantes, espalhados por Brumadinho) fazem parte da obra “Propaganda”, de Lucia Koch, que começa na cidade e se estende até Inhotim.  São 560 obras, de aproximadamente 60 artistas, de 38 países diferentes, eem exibição atualmente. Além das galerias com obras em exposição permanente, o museu possui quatro reservas técnicas que guardam as demais obras da coleção: esculturas, pinturas, fotografias, vídeos e performances.

12 obras e galerias imperdíveis em Inhotim (MG): Inhotim tem dezenas de galerias de arte espalhadas em um gigantesco espaço. Para chegar lá, é necessário pegar um ônibus da Rodoviária de Belo Horizonte (cerca de 1h30 de viagem) ou dirigir até a entrada do parque. Compre seu ingresso pela internet para poder chegar sem preocupações e garanta também o transfer (de carrinho de golfe, que custa R$ 28, além do ingresso, R$ 44, inteira) para circular entre as atrações do parque. Esse roteiro que mostramos abaixo seguem as rotas recomendadas pelo parque. Mas, se possível, indicamos que vá em mais de um dia para conseguir apreciar com calma todos os pavilhões, galerias e jardins. Porém, se tiver que fazer tudo em apenas um dia, confira o roteiro e aproveite esse paraíso para amantes de arte. Roteiro: O Jardim de Narciso(Narcissus Garden), de Yayoi Kusama (JAP) – 2009. 500 esferas de aço inoxidável flutuam sobre o espelho d’água do Centro Educativo Burle Marx. Reflete, além do espectador, paisagem do céu, água e vegetação. Fica logo na entrada do parque; Som da Terra (Sonic Pavilion), de Doug Aitken (EUA) – 1968,  pavilhão sônico é uma obra site-specific desenvolvida a partir de uma ideia pré-existente e resultado de um processo de cinco anos, entre pesquisa, projeto e construção. A obra traz um furo de 200 metros de profundidade no solo para nele instalar uma série de microfones e captar o som da Terra; De lama lâmina (Iglo), de Matthew Barney (EUA) – 2009 – a escolha pela mata afastada do núcleo do parque abre a leitura da obra para o campo da ecologia e reflete a preocupação ambiental do artista. Do lado de fora, em um cenário aparentemente inacabado, a devastação e o sublime se instauram;  Beam drop, de Chris Burden (EUA) – 2008 – Em uma ação que poderia ser descrita como performática, durante 12 horas um guindaste de 45 metros de altura lançou em uma poça de cimento fresco as 71 vigas que compõem a obra; Piscina, de Jorge Macchi (ARG) – 2009 – o artista criou Piscina, que é a realização escultórica de um desenho que o artista fez de uma caderneta de endereço com índice alfabético, aqui transformada em uma obra site-specific que é também uma piscina em funcionamento. Dá para tomar banho e tudo… Só não esqueça de levar sua toalha; Pavilhão Tunga e Galeria True Rouge (BRA) – nesses dois espaços, Tunga retrata seu imaginário exuberante, com desenhos, esculturas, projeções, instalações etc. Em seu pavilhão, o artista pernambucano usa cobre, aço e imã, limalha de ferro, vidro soprado, luz, seda, papel e mais para dar vida às obras; Galeria Adriana Varejão (BRA) – na entrada, Panacea phantastica (2003-2007), um conjunto de azulejos que retratam 50 tipos de plantas alucinógenas de diversas partes do mundo. O azulejo, um dos motes recorrentes de Varejão, reaparece em Linda do Rosário (2004) e em O colecionador (2008). O primeiro é uma das mais importantes obras da série Charques (onde matéria de construção se torna carne). A obra foi inspirada no desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio de Janeiro, em 2002, cujas paredes azulejadas caíram sobre um casal; Cosmococa, de Hélio Oiticica e Neville D’Almeida (EUA) – 1973  – à época em que residiu em Nova York, no início dos anos 1970, Hélio Oiticica trabalhou em parceria com o cineasta Neville D’Almeida na criação de instalações pioneiras chamadas de quasi-cinemas. Estas obras transformam projeções de slides em instalações ambientais que submetem o espectador a experiências multisensoriais. Aqui, essa dupla criou cinco Blocos-Experiências; Troca-troca, de Jarbas Lopes (BRA) – 2002 – Três fuscas coloridos, com latarias permutadas entre si, têm sistema de som que os interliga. Eles fizeram uma viagem do Rio de Janeiro a Curitiba, em 2002, onde ficaram expostos no MAC do Paraná. Em 2007, após passarem por restauro, os carros ganharam a estrada novamente, dessa vez de Belo Horizonte a Brumadinho, onde ficaram bons anos no jardim do parque. Pena que com o passar do tempo perderam cor e ganharam amassados. Mas ano passado eles foram reformados e ganharam casa nova, desta vez coberta; Invenção da cor (Penetrável Magic Square), de Hélio Oiticica (BRA) – 1977; Três esculturas de bronze (sem título) – Edgard de Souza; não deixe de conferir a Galeria Cildo Meireles, com uma sala todinha vermelha, uma outra com elementos em vidro (muitos cacos no chão, que é possível adentrar na obra). Seu trabalho pioneiro no campo da arte da instalação prima pela diversidade de suportes, técnicas e materiais, apontando para questões mais amplas, de natureza política e social; A Origem da Obra de Arte, de Marilá Dardot, um jardim, cujos tijolinhos vermelhos preenchidos com grama você forma palavras e frases.

Viagem: vá com tempo: dois dias; quanto menor for o seu conhecimento prévio das obras e galerias, maior será a sua surpresa e o seu encantamento. Os ingressos precisam ser comprados online. Melhor época: entre maio e setembro que quase não chove. Um pouco de frio de manhã e, à tarde, esquenta. Em dois dias você vê bem Inhotim. Antes da pandemia, seria muito bom visitar Ouro Preto e Tiradentes, no caminho, mas deixe esse terror passar e vá e volte a Inhotim, de carro. Siga o mapa pela internet.

PODCAST

Globoplay e Deezer- A República das Milícias – os oito episódios chegaram esta semana ao streaming. Baseado em livro homônimo de Bruno Paes Manso, o título narra a formação e o impacto das milícias na cidade, mas também evoca elementos que vão da bossa nova ao funk. O roteiro, de Aurélio de Aragão  e Vitor Hugo Brandallise, costura depoimentos de personagens que convivem com o crime e conta a história da formação das favelas, da segurança pública, entre outros temas. O ponto de partida do podcast, uma parceria com a Rádio Novelo, é a linha do trem como a Supervia, um símbolo do problema porque vários locais hoje estão tomados por grupos armados. O trem é patrimônio cultural da cidade que está sob risco.

Nós – a arte da escuta é o grande protagonista desse podcast, criado e apresentado pela radialista Roberta Martinelli e a apresentadora Sarah Oliveira. A primeira temporada do projeto estreou em maio e segue até outubro, gratuitamente, no Spotify. A cada semana, a dupla traz duas facetas de uma mesma história de pessoas anônimas. A tônica do podcast é ouvir a história e “se colocar no lugar do outro”.

EXPOSIÇÃO

Lançado há 60 anos, o álbum Quarto de despejo mostra também uma compositora consciente da força feminina e das injustiças sociais. Revelada em escala mundial como escritora, a partir da publicação em 1960 do livro Quarto de despejo – Diário de uma faveladabest-seller já traduzido e publicado em cerca de 40 países, a mineira Carolina Maria de Jesus (14 de março de 1914 – 13 de fevereiro de 1977) deixou também obra musical quando morreu na cidade de São Paulo (SP), a um mês de completar 63 anos, vítima de insuficiência respiratória. Pouco conhecida, embora disponível para audição na internet, a obra musical da cantora e compositora está perpetuada em álbum lançado pela gravadora RCA-Victor em 1961, há 60 anos, no embalo do sucesso do livro Quarto de despejo.

Batizado com o nome do livro, o álbum Quarto de despejo – Carolina Maria de Jesus cantando suas composições é um dos temas da exposição sobre a artista que o Instituto Moreira Salles abre em 25 de setembro, ocupando o oitavo e o nono andares do prédio do IMS na cidade de São Paulo (SP), com obras também exibidas no quinto andar e no térreo.

Intitulada Carolina Maria de Jesus – Um Brasil para os brasileiros, a mostra entrelaça diversas linguagens sobre o legado dessa escritora que também se revelou compositora. Além de fazer músicas, cantava e tocava violão.Um dos 15 núcleos temáticos da exposição, a obra musical de Carolina Maria de Jesus poderá ser ouvida no nono andar do prédio do IMS paulista. O público também poderá ver uma das raras cópias do LP Quarto de despejo, oriunda da coleção do pesquisador musical José Ramos Tinhorão (1928 – 2001) e sob a guarda do Instituto Moreira Salles.

 

MÚSICA

Buena Vista Social Clube – comemoração de 25 anos aguardem com ansiedade o dia 17 de setembro quando estará no streaming a reedição do disco comemorativo dos 25 anos de lançamento do Buena Vista Social Clube, agora com faixas inéditas das sessões de gravação conduzidas pelo guitarrista americano Ry Cooder. Ele conta que, na época, a gravadora quis lançar um CD simples e não um duplo porque achava que ninguém iria comprar. No entanto, venderam um milhão de cópias na Europa e nos EUA ganhou um Grammy de o melhor álbum tradicional latino tropical. Logo depois o Buena Vista virou um espetáculo, que pôs na estrada músicos que pouco de apresentavam, nonagenários como Compay Segundo, octogenários (o pianista Rubén Gonzalez) ou septuagenários (o cantor Ibrahim Ferrer e a cantora Omara Portuondo, sobrevivente do grupo e ainda na ativa, aos 90 anos). A turnê mundial se tornou um bem sucedido documentário de Wim Wenders em 1999, ano em que foi visto no Brasil (onde o disco vendeu mais de cem mil cópias). É imperdível!!!! Vou repetir aqui a dica na semana próxima.

Aldir Blanc inédito – Chegou às plataformas a canção Pro dia nascer Aldir, de Rodrigo Lessa e Manu da Cuíca, na voz de Thais Motta. Aldir considerava Manu a melhor letrista das novas gerações. Nas plataformas digitais também foi lançado o álbum Como canções e epidemias, do cantor Augusto Martins e do pianista Paulo Malaguti Pauleira, como parte das comemorações do aniversário de 75 anos de Aldir. Tendo como título um verso de Caça à raposa (Aldir e João Bosco), o álbum de voz e piano, com 14 faixas, foi concebido antes da morte de Aldir. Augusto encontrou uma versão sua e de Pauleira, de 2005, de Altos e baixos (melodia de Sueli Costa) e fez o projeto. Também o álbum Aldir Blanc inédito com interpretações de Maria Bethânia, Chico Buarque e outros, tem lançamento previsto para o final deste mês pela gravadora Biscoito Fino.

Gaby Amarantos – a cantora paraense lançou ontem seu novo álbum, Purakê, encerrando um hiato de dez anos entre dois álbuns. Ponta de lança do pop eletrônico periférico do Brasil a partir do disco Treme (2012) , a cantora volta em um trabalho cheio de participações (Alcione, Elza Soares, Ney Matogrosso, Liniker, Luedji Luna e Urias) e com produção do conterrâneo Jaloo. Personalidade do “Saia justa” e do “The voice kids”, Gaby sempre trabalhou como atriz, mas a música veio de forma arrebatadora.

Jorge Du Peixe – ou Jorge José Carneiro de Lira. Ele formou com o amigo Chico do bairro do Rio Doce, em Recife, o grupo Chico Science& Nação Zumbi. Agora, ele lança no dia 16, seu primeiro álbum solo, “Baião Granfino” todo dedicado a Luiz Gonzaga. Já está no streaming, o segundo solo do álbum, “O fole roncou”, regravação com Cátia de França (paraibana que foi parceira de Jackson do Pandeiro)e, anteriormente, como vocalista do Nação Zumbi. Ele vai cantar em seu álbum “Rei Bantu”, “Assum preto”, “Sanfona sentida”, “Sabiá”, o bolero “Acácia amarela”, “Baião Granfino”. Da banda participam Joana Queiroz no clarinete, Serginho Machado na bateria, o cubano Yaniel Matos no piano e no violoncelo e Swami Jr. no violão sete cordas. O produtor do disco, Fabio Pinczowski diz que a banda tem uma sonoridade sofisticada meio Buena Vista às quatro da manhã e que coloca Jorge numa posição de crooner. Ele criou uma segunda banda com o baterista Pupillo, ex-Nação Zumbi, e o sanfoneiro Mestrinho e ainda uma terceira, com Pupillo e Siba, este na rabeca e na guitarra. E as bandas se fundiram.

Kanye West – já chegou ao streaming seu décimo álbum, Donda. Ele que também gosta de ser chamado de Yeezy, ye está criando caso com a gravadora Universal Music porque soltou o disco sem sua aprovação e sem a controversa faixa “Jail 2”,logo depois reposta. Com 1h44 de duração, Donda surge como um disco desigual. Dedicado por Kaye à sua mãe, Donda, o álbum apresenta, mais uma vez, o seu evangelho. São histórias de sofrimento e redenção, exortações ao capitalismo e, de cima a baixo, uma mesma mensagem: não dá para escapar da verdade. Boas faixas: Hurricane, o rock Jail (com Jay Z).

MC Rebecca Até o piso(parceria com Daya Luz e Solange Almeida), “Tô preocupada (Calma amiga)” (parceria com Anitta) e “Catucada leve” (parceria com MC Zaquin) são os funks da cantora de 23 anos que estão nas plataformas. Ela tem quatro milhões de seguidores no Instagram e 1,4 milhão de ouvintes no Spotify. E ainda prepara-se para estrear no cinema – um filme está pronto e outro sendo filmado como protagonista – e promete seu primeiro álbum para 2022. Ela estourou em 2018 quando o clipe “Cai de boca” foi lançado convocando o interlocutor para a prática do sexo oral de forma explícita, gênero à parte, já que Rebecca é abertamente bissexual e mãe solo de uma menina de 4 anos.

Juliette – O EP “Juliette” chegou ontem às plataformas de streaming co seis faixas que totalizam menos de 18 minutos. Em oito meses, a advogada e maquiadora paraibana de Campina Grande, vencedora do BBB21, conquistou mais de 32,5 milhões de seguidores só no Instagram e ao se lançar como cantora optou por um repertório de canções inéditas interpretadas apenas por ela. O forró raiz é o fio condutor mais presente em faixas como “Bença” e “Doce”; o xote é o tom em “Benzin”, enquanto “Sei lá” evoca a conexão do Nordeste com reggae; e “Diferença mara” e “Vixe que gostoso” são popnejos com sanfona e teclado para baladas sertanejas pós-pandemia.

SHOWS/LIVES

HOJE

18hs  – Festival Sebastiana: Sex e Sábado, às 20h. No YouTube (/sebastianaoficial). Grátis. A Associação Independente dos Blocos de Rua (Sebastiana) exibirá apresentações de dez blocos e de artistas como Marina Iris, Moyseis Marques e Leonardo Bessa no Festival Sebastiana. O evento é gratuito e transmitido pelo YouTube (/sebastianaoficial). Parte da programação do “Carnaval Virtual” do Teatro Riachuelo, o Carnaval do Coreto terá ainda roda de conversas e debates sobre o carnaval carioca com integrantes de outros blocos, como Balanço Zona Sul, Pipoca & Guaraná e Turbilhão Carioca. Durante a transmissão das lives, o evento disponibilizará um QR Code para doação de recursos destinados aos componentes dos blocos.  O Festival Sebastiana, por sua vez, também vai transmitir debates sobre a retomada do carnaval de rua, na sexta, e vai concentrar as apresentações musicais no sábado, direto do Teatro Rival. Porta-bandeira do bloco Imprensa que eu gamo por 15 anos, Aline Prado será apresentadora da noite. A festa Carnaval Remix, comandada pelo DJ Mam, encerra a programação do evento.

19hsSala Cecília Meireles, apresenta  dentro da série Música de Câmara, o melodrama “Enoch Arden“, op. 38, para narrador e piano, de Richard Strauss. Narração e direção de Tiago Herz e Daniel Herz, e Jean Louis Steuerman (piano). O espetáculo será presencial, com transmissão pelo YouTube da Sala e pela TV Alerj. Ingressos: 40,00. Presencial e com transmissão pela TV Alerj e pelo Youtube da Sala. A Sala Cecília Meireles segue o Protocolo de Segurança Sanitária elaborado pela FUNARJ, ratificado pela Secretaria Especial da Covid-19 do Estado do RJ e adotado pelo Governo do Rio de Janeiro, via decreto.Link : https://bileto.sympla.com.br/event/68714/d/106770 (compra pela internet). PROGRAMA: Richard Strauss (1864-1949) – Enoch Arden, op. 38, TrV. 181 (Texto: Alfred Tennyson(1809-1892). Strauss compôs “Enoch Arden” (1897), aos 33 anos de idade, um ano depois de ter escrito uma de suas peças mais populares, o poema sinfônico “Assim Falava Zaratustra”, inspirado na obra homônima do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.

Daniel Herz é diretor, professor, ator e autor. É fundador e diretor artístico da Companhia Atores de Laura. Dirigiu a ópera Mozart e Salieri (de Rimsky-korsakov) no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a ópera Piedade, de João Guilherme Ripper, na Sala Cecília Meirelles. Tiago Herz é dramaturgo, diretor, ator, mestrando em Literatura, Cultura e Contemporaneidade (PPGLCC/PUC-Rio), graduado pela PUC-RIO em Cinema.

SÁBADO

20hsO Festival Sebastiana vai concentrar suas apresentações musicais, hoje, direto do Teatro Rival. A porta-bandeira do bloco Imprensa que eu gamo por 15 anos, Aline Prado será apresentadora da noite. A Associação Independente dos Blocos de Rua (Sebastiana) exibirá apresentações de dez blocos e de artistas como Marina Iris, Moyseis Marques e Leonardo Bessa no Festival Sebastiana. O evento é gratuito e transmitido pelo YouTube (/sebastianaoficial).

DOMINGO

13 hs – 80 homenagens áureas: todos os domingos nesse horário, a cantora Áurea Martins reúne vários cantores que homenageiam  um nome do cenário musical. Serão 80 shows virtuais em homenagem as 80 anos de Áurea que não pode ser comemorado no ano passado, por causa da pandemia. Transmitida através do seu canal no YouTube. As lives ficam disponíveis no canal.

Endereço: https://www.youtube.com/channel/UCj70JFrxgQka3_5qGqZLX1A

 QUINTA-FEIRA

20hs – Quinteto Astor Piazzolla: Astor Piazzolla faria100 anos em 2021! Para festejarmos, a série Jazz all Nights traz para o público o Quinteto Astor Piazzolla,vencedor do Grammy Latino  e com mais de 20 anos de trajetória. O conjunto promove a valorização da obra do grande compositor e intérprete argentino para atingir um  novo público que não teve a oportunidade de ver o Mestre em ação. No programa, especialmente gravado para a série Jazz all Nights, temos Verano Porteño, Milonga del Ángel, La Mufa, Thriller, Bragattíssimo, Fuga y Misterio, Adiós Nonino e La Muerte del Ángel.
O grupo criado por Laura Escalada Piazzolla executa com grande destreza interpretativa os arranjos originais do mítico quinteto de Astor, sua ferramenta predileta no processo de construção do Novo Tango, e que se tornou marca registrada do músico. O Quinteto Astor Piazzolla, é composto por músicos de categoria internacional como Pablo Mainetti (bandoneón), Nicolás Guerschberg(piano), Serdar Geldymuradov (violino), Armando de La Veja (guitarra) e Daniel Falasca (contrabaixo), com direção musical de Julián Vat. Eles executam os arranjos originais de Piazzolla para quinteto, mantendo-se estilisticamente fiéis ao som original do grande músico. Gratuito no canal da Dellarte do YouTube.

TEATRO

DIARIAMENTE

 

19hs Cravo: Criação, direção e interpretação: Alice Poppe e Laura Samy.O espetáculo de teatro-dança parte de influências que vão da fotografia a clássicos da sétima arte. Gratuito, com transmissão no YouTube. 30 minutos. Até 26 desetembro. Estreia hoje.

Qualquer horário -Farol de neblina–  Texto: Sérgio Roveri e Clarissa Campolia. Direção: Clarissa Campolina e Yara de Novaes. Com Fafá Rennó e Leonardo Fernandes. Diego e Sofia se encontram, misteriosamente, numa casa sem vizinhos ao longo de uma noite fria e encoberta pela neblina. Em qualquer horário. Gratuito, com transmissão no YouTube. 90 minutos. Até domingo.

QUINTA-FEIRA

18h30 – Festival de Teatro Virtual: a primeira edição do evento promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) exibe 25 espetáculos on-line de todas as regiões do país. Sex: “A cripta de Poe”, com a Companhia Nova de Teatro. Qui: “Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo“, do Núcleo Atmosfera de Dança-Teatro. Sex: “Suele, Nara, Ian“, com texto de Luísa Arraes. Qui e sex, às 18h30. Gratuito, com transmissão pelo YouTube. Livre. Até 28 de outubro. A programação é alterada semanalmente.

SEXTA-FEIRA

18hs ‘Pão e circo’:Texto: Leonardo Bruno e Pedro Monteiro. Direção: Isaac Bernat. Com Gabriela Estevão, Henrique Eduardo, Osvaldo Mil e Pedro Monteiro.Edu é um goleiro carioca, nascido e criado em Madureira. Um embate familiar muda o rumo de sua vida. Sex a dom, a partir das 18h — o espetáculo fica disponível por 24 horas. R$ 20, por meio do Sympla. 35 minutos. Livre. Até 3 de outubro.

18h30 – Festival de Teatro Virtual: a primeira edição do evento promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) exibe 25 espetáculos on-line de todas as regiões do país. Sex: “A cripta de Poe”, com a Companhia Nova de Teatro. Sex: “Suele, Nara, Ian“, com texto de Luísa Arraes.  Qui e sex, às 18h30. Gratuito, com transmissão pelo YouTube. Livre. Até 28 de outubro. A programação é alterada semanalmente.

21 hsPessoas perfeitas‘: Texto: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Direção: Rodolfo García Vázquez. Com Os Satyros.Medalha é uma jovem mística que busca experiências espirituais. Ela sai do interior para morar no centro de São Paulo, fugindo da solidão após a morte dos pais. Sex e sáb, às 21h. Dom, às 20h. Gratuito, por meio do Sympla. 90 minutos. Até 10 de outubro.

21 hs Dora – Texto, direção e atuação: Sara Antunes.Maria Auxiliadora Lara Bracelos tinha 23 anos quando entrou na luta armada contra a ditadura militar. Foi presa, torturada, exilada e suicidou-se em 1976, aos 31 anos. Gratuito, com transmissão no YouTube. 40 minutos. Até hoje.

SÁBADO

18 hs – Pão e circo: a peça fará temporada  virtual pela plataforma Sympla, a partir de hoje. Com direção de Isaac Bernat, parte de um momento decisivo da carreira de um goleiro carioca para refletir sobre uma epidemia social silenciosa: o abandono paterno. Idealizado pelo ator Pedro Monteiro, autor e protagonista da peça, o texto é inspirado em milhões de brasileiros que crescem sem o afeto do pai e busca refletir sobre as consequências provocadas por essa ausência.  Até 3 de outubro. Sextas, sábados e domingos, a partir das 18h. O vídeo ficará disponível por 24 horas. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Vendas pelo Sympla (www.sympla.com.br/pao-e-circo__1288660). 35 minutos.

19hsVaca malhada de hematomas no Teatro com Bolso, criado por Ana Beatriz Nogueira em sua própria casa, na Gávea, para exibiçõ remota de montagens culturais. Gerado a partir do livro homônimo de Stella Stephany,  o projeto tem interpretação de atores consagrados como Irene Ravache, Bárbara Paz, Mateus Solano e Paulo Betti e segue em cartaz até 18 de setembro, sempre aos sábados, no mesmo horário. Os ingressos para a apresentação on-line e gratuita estão disponíveis na plataforma Sympla.

20hs – ‘Sonhos de uma noite com Galpão’:Texto e direção: Pedro Brício. Com Grupo Galpão.O espetáculo faz uma viagem onírica, poética e essencialmente teatral a partir da coleta e da pesquisa de mais de 150 sonhos nesse período de pandemia. Sáb e dom, as 20h. Gratuito, por meio do Sympla. 70 minutos. Até 12 de setembro.

21hs – Teatro Com Bolso – À procura de uma dignidade: com Sandra Pêra e direção de Ana Beatriz Nogueira, baseado em conto de Clarice Lispector. Conta a história de uma mulher, moradora do Leblon e frequentadora de eventos culturais, que sai para uma palestra e vai parar, por engano no estádio do Maracanã e, onde passa um longo tempo perdida entre os corredores escuros. O texto traz remas como sexualidade na terceira idade e a procura pela própria identidade.  Aos sábados e domingos, com o preço popular de R$10, com ingressos disponíveis na plataforma Sympla, assim como a exibição até o dia 26 de setembro. Gravado na casa da diretora.

DOMINGO

19hs Chopin ou o tormento do ideal: a atriz Nathalia Timberg, aos 92 anos, fará sua primeira peça on-line pelos canais YouTube/Sescsp e Instagram/sescaovivo. Ela divide o palco com a pianista Clara Sverner, que também se aventura de maneira inédita pelo formato. “Sinto-me privilegiada em fazer esse espetáculo, pois não há como ficar indiferente à música de Chopin” – diz Nathalia sobre a montagem que reúne música, texto e poesia. “A missão nova e desafiadora, que é levar tudo isso para ambiente on-line, torna a experiência mais apaixonante” – completa a atriz.

19h30 ‘Helena Blavatsky, a voz do silêncio’:Texto: Lucia Helena Galvão. Direção: Luiz Antônio Rocha. Com Beth Zalcman.No fim do século XIX, em Londres, a escritora Helena Blavatsky revisita suas memórias e seu conhecimento e se depara com o tema da mediunidade.  Ter, às 20h. A partir de R$ 30, por meio do Sympla. 60 minutos. Até 28 de setembro.

20hs ‘In on it’:Texto: Daniel MacIvor. Direção: Renata Gaspar. Com Luís Galves e Lucas Teixeira. Um homem sofre um acidente em uma Mercedez, dois amantes veem seu amor terminar e dois homens contam essa história. Dez personagens encenados por dois atores. Dom e seg, às 20h. R$ 20, com ingressos no Sympla. 70 minutos. Livre. Até  segunda-feira.