Preso policial suspeito de envolvimento em morte de jornalistas

Preso suspeito pela morte do fotógrafo Walgney Carvalho (foto) e do radialista Rodrigo Neto, assassinados da região do Vale do Aço, Minas Gerais. (Crédito: Reprodução).

Um policial civil, que não teve a identidade revelada, foi preso nessa segunda-feira, 13 de maio, suspeito de envolvimento com a série de crimes investigados pela polícia na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. Entre os 14 casos apurados estão os assassinatos do repórter Rodrigo Neto e do fotógrafo Walgney Carvalho. O homem se apresentou no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em Belo Horizonte, após a expedição de um mandado de prisão contra ele.

Neto e Carvalho foram mortos após apurarem a participação de policiais civis e militares em crimes da região. A Polícia Civil afirma que este é o oitavo policial preso após o início das investigações da força-tarefa da Divisão de Crimes contra a Vida (DCCV), sendo sete civis e um militar. Um dos detidos foi solto por determinação judicial.

Comandadas pelo delegado Wagner Pinto, as investigações seguem mantidas sob sigilo. A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) designou promotores para acompanhar o caso. Quatro delegados, 11 agentes e três escrivães, que atuam em conjunto com equipes das corregedorias das polícias Civil e Militar, compõem o grupo que atua na apuração.

Os casos

Os assassinatos de dois jornalistas em menos de 40 dias ganharam grande repercussão na imprensa. Em 8 de março, o repórter policial Rodrigo Neto, da Rádio Vanguarda e do jornal Vale do Aço, foi abordado por dois homens em uma moto, quando entrava em seu carro, após deixar um restaurante em Ipatinga. Os criminosos dispararam na direção do jornalista e as balas atingiram sua cabeça e seu peito.

O radialista foi levado ainda com vida ao Hospital Municipal de Ipatinga, mas não resistiu aos ferimentos.

Walgney Carvalho era repórter fotográfico e atuava como freelancer para o Vale do Aço. Ele foi assassinado na noite de 14 de abril, com três tiros, em um pesqueiro na cidade de Coronel Fabriciano, próximo a Ipatinga. De acordo com a Polícia Militar, um motociclista entrou no estabelecimento e disparou três tiros à queima-roupa contra Assis. Um deles acertou a cabeça da vítima.

O jornalista prestava serviços para o Jornal Vale do Aço e também coletava imagens de crimes para a Polícia Civil da região.

Texto: Igor Waltz

*Com informações do jornal O Estado de Minas, portal Terra, portal Comunique-se e Portal Imprensa. 

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