24/06/2022
Rogério Marques, membro do Conselho Deliberativo da ABI
No dia primeiro de setembro de 1992 o pedido de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello foi entregue na Câmara dos Deputados pelos presidentes da ABI, Barbosa Lima Sobrinho, e da OAB, Marcelo Lavenère. O resto é História.
Em solidariedade ao gesto de Barbosa Lima Sobrinho, os integrantes do Conselho Administrativo da ABI (na época era Conselho Administrativo) assinaram este documento que ainda guardo comigo. Vejo nomes de muitas pessoas que já partiram e de outras que felizmente continuam por aqui.
Lá estão — geração importante! — Mário Martins, na época presidente do Conselho, Maria Lúcia Amaral, Raymundo Faoro, Ferreira Gullar, Clovis Ramalhete, Niomar Bittencourt, José Gomes Talarico, Mario Barata, Paulo Motta Lima, Heráclio Salles, Josué Almeida, Alcino Soeiro, Henrique Miranda, Cícero Sandroni, Edmundo Moniz, Fichel Davit Chargel, Fernando Segismundo, ex-presidente da ABI, e Genilson Gonzaga, que foi diretor do Jornal do Commércio. E os mais jovens, na época: Beth Costa, André Motta Lima, Itamar Guerreiro, eu próprio e alguns cujas assinaturas não consigo identificar.
Não foi à toa que lembrei deste documento.
O Brasil entrou em uma fase muito pior que nos tempos de Collor. Bolsonaro mergulhou o país nas trevas, no obscurantismo, na falta de respeito, na mais absoluta boçalidade. Vamos todos lutar para que, em outubro, esse pesadelo chegue ao fim.